Cartel
Belo Horizonte, 03/07/08 (MJ) – A “Operação Mão Invisível” - a maior já realizada na América do Sul contra cartéis - cumpriu nesta quinta-feira (3) 42 mandados de busca e apreensão, além de 24 prisões temporárias em residências, escritórios, postos de combustíveis, sindicatos e distribuidoras de Belo Horizonte.
Coordenada pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, a Operação é resultado de dez meses de investigações, envolvendo uma organização criminosa que - mediante acordos e ajustes - forçava o preço de combustível para cima do valor de mercado, lesando os interesses dos consumidores em sete municípios de Minas Gerais e também no Rio de Janeiro.
Em Belo Horizonte, participaram da ação cerca de 250 policiais federais, promotores do Ministério Público de Minas Gerais, técnicos da SDE e da Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE), do Ministério da Fazenda.
Os membros da suposta organização poderão ser impedidos de comercializar o combustível e responderão, ainda, pelos crimes de formação de quadrilha. As penas chegam a 15 anos de prisão. Todos os presos serão encaminhados à Superintendência da Polícia Federal da capital mineira e ficarão à disposição da Justiça Estadual.
Operação Mão Invisível
O nome da operação é uma referência aos termos usados pelo ator Adam Smith no livro “A Riqueza das Nações”, para explicar que os homens são frequentemente “levados por uma mão invisível sem que o saibam, sem que tenham essa intenção, a promover o interesse da sociedade”.
É no inesperado resultado da luta competitiva por melhoramento próprio que a mão invisível regula a economia e, Smith explica como a mútua competição (ou concorrência) força o preço dos produtos para baixo, até seus níveis “naturais”, que correspondam ao seu custo de produção. O termo é usado até hoje por estudiosos de todo o mundo, quando se fala em liberalismo econômico.
Fonte
CARTEL de combustíveis é