Cartago
A data tradicionalmente aceita para a fundação de Cartago é 814 a.C. Era uma das mais importantes colônias dos Fenícios. A partir do século VIII, Cartago substituiu Tiro na organização do tráfego marítimo e no estabelecimento de pontos comerciais estratégicos no Ocidente.
Exercia assim um domínio sobre o mar Mediterrâneo e geria o antigo império colonial de Tiro como verdadeira potência militar. Saliente-se a importância dos navegadores fenícios, cujos vestígios encontrados precisamente em Cartago datam de cerca de 730 a.C..
Administrativamente, encontrava-se organizada por um tipo de governo estabelecido em dois sufetes, por um Conselho de Anciãos e por uma Assembleia do Povo. Possuía todas as condições para se tornar numa grande potência. A sua política internacional foi marcada pela luta levada a cabo relativamente à posse das ilhas da Sardenha e da Sicília.
Através de uma excelente política comercial e de conquista, conseguiu aumentar o número de colónias e, depois de ter alcançado um grande poder, deu início a uma guerra entre gregos e cartagineses na Sicília, no ano 550 a. C. O exército púnico enviado por Malco conseguira dominar a maior parte da ilha, derrotando os gregos em Alália (Aléria, Córsega), em 535 a. C., mas, simultaneamente, os cartagineses perdiam as suas posições na Gália meridional. Malco tentou a conquista de Sardenha, tendo saído derrotado, o que motivou o seu desterro por deliberação do Senado. Não contente com a decisão sublevou-se, matou o seu próprio filho Carthalo, tornou-se governador da cidade e condenou à morte os membros do Senado que votaram o seu desterro. A sua intenção era seguir uma política de ditadura pessoal, mas perdeu a vida numa sedição.
Mágon sucedeu a Malco e da sua acção contam-se as conquistas da Sardenha e das ilhas Baleares. Foi neste período que Cartago atingiu o seu apogeu com a colonização da costa setentrional de África, fundando pontos comerciais estratégicos. Deste período