O QUE É ARTE
Neste texto a questão acima é examinada segundo a ideia de que a arte encerra conteúdo simbólico e, assim, leva à interpretação marcada pela variação de contextos e não, necessariamente, como algo, meramente representativo da realidade ou de expressão de seu autor a ser decodificada. A arte seria mais do isto. Seria, ontologicamente, conceitual.
INTRODUÇÃO
Definir um conceito tem sido uma das tarefas filosóficas mais proeminentes, acontecendo o mesmo com o problema de definir “o que é a arte”. Os filósofos têm-se dedicado a formular teorias que expliquem a natureza da obra de arte e alguns consideram esta tarefa fadada ao insucesso, na medida em que a arte é um fenômeno muito diversificado e dinâmico para conter uma essência comum a toda as suas variadas manifestações. Afinal, o que há de comum entre a Mona Lisa de Leonardo da Vinci e as caixas de Brillo Box de Andy Warhol? Weitz (1957), com base na teoria de Wittgenstein sobre a lógica dos conceitos empíricos, afirma não ser possível uma definição do conceito de arte, em face da inovação ser algo inerente à arte. Assim, definir arte de modo fixo seria algo impossível, sendo ela mutável. No entanto, o filosofo e crítico de arte Arthur C. Danto não se contenta com esta concepção e insiste em investigar a definição do que é arte. É o que abordarei aqui sinteticamente com base nas aulas de Estética-1 e respectiva bibliografia.
DANTO E O CONCEITO DE ARTE No final do século do XIX, com o advento da fotografia, a arte como imitação da natureza começou a perder sentido e interesse. Nesta época, nasce na França o Impressionismo, com as obras de Monet, Manet e Renoir, para citar alguns expoentes deste estilo de arte. Os autores impressionistas se afastam dos preceitos acadêmicos do Realismo e passam a buscar não mais o retrato fiel da realidade. Para eles, é o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final, fazendo com que a mistura das tintas não mais seja