Carta- Pero vaz de caminha
A carta, hoje guardada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, pode ser trabalhada em classe desde os anos iniciais do Ensino Fundamental. "Nessa etapa da escolaridade, o mais indicado é apresentar trechos selecionados previamente, de acordo com os objetivos do professor, e propor uma discussão", explica a historiadora Isabel Barca, docente da Universidade do Minho, em Portugal, e autora de livros didáticos e orientações curriculares que propõem a leitura e a análise da carta.
O documento permite um primeiro contato das crianças com a formação do Brasil. Contribui, ainda, para iniciar um processo de aprendizagem com base em inferências sobre documentos e outras fontes. Aqui, vale um esclarecimento: todo vestígio do passado é uma fonte histórica em potencial. Porém só fontes de valor legal e/ou institucional podem ser consideradas verdadeiros documentos históricos. Essa proposta de trabalho, que aproxima os alunos dos procedimentos de trabalho de um historiador, é a perspectiva atual no ensino da disciplina desde os anos iniciais.
A abordagem cultural deve nortear o estudo da carta. Segundo Francisco Alfredo Morais Guimarães, professor de História da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), para entender as diferenças entre índios e portugueses naquele período, a turma deve