Carta de amor

Olha só que ironia da vida. Algumas semanas atrás eu escrevia com pequenas gotículas de água nos olhos. Mas hoje não. Hoje é sorriso. Estranho não? Como algumas pessoas têm esse efeito sobre a gente. Um poder incrível de mudar nosso humor. Estranho também pensar em “nós”. Espera aí, é isso mesmo? Nós? Estranho de novo. (Mesmo eu concordando que somos lindos juntos, modesta a parte). É contraditório a tudo que já passamos. É inesperado, parece até surreal. Mas não pra mim. Não pra o que eu tenho dentro de mim. No fundo eu já esperava por isso desde o momento que meus olhos se direcionaram aos teus. Patético. Concordo. Mas quer saber? Já nem to mais ligando... Eu costumava a me poupar mais dessas coisas de amorzinho, mesmo eu sendo dessas gurias aí que amam ter amorzinho, sabe aqueles lances de chorar vendo filme romance e desejando do fundo do meu coração ter um algum dia, aqueles caras te ligando e te amando loucamente. Mas agora, hahahaha. Risos pra mim. Chega a ser apavorante. Eu nunca me imaginei sendo essa protagonista. Nas minhas histórias costumava ser mais fácil amar e demonstrar facilmente. É querida eu, vamos ter que rever algumas coisinhas...
Considero-me transparente. Digo, não consigo ter nenhum olhar sem algum tipo de sentimento atrás. Perco-me te olhando e espero que nunca tenha percebido, você sabe, sou totalmente o reflexo do que eu sinto. Ajo muito pela emoção. Pelo momento, pelo o que eu acredito. Você não sabe, mas cada conversa nossa cada palavra que eu te digo, eu já pensei várias e várias vezes antes de te dizer... Talvez pelo medo, sei la. Medo de falar coisas erradas e estragar o momento certo. Meio louca né? Mas acho que você já percebeu que é assim que eu sou mesmo. Louca. Problemática. Mas o que eu sinto, eu sinto. Não finjo. Não gosto de perder tempo com o que não vale a pena.
Acho que hoje sou mais fechada e levo as coisas mais no riso. Aprendi a não viver em contos, me desculpe se a minha sinceridade te incomoda... Mas não adianta.