Carta de um amor
Pude senti-lo a primeira vez, me lembro bem, eu estava no colégio, foi onde o conheci, pensei que seria para sempre, creio que todos têm a mesma sensação, mas no decorrer do tempo a vida mostra que realmente será só o primeiro e talvez o único, pois como dizem, não existe um segundo primeiro amor.
Assim, outros tipos de “amores” surgiram em minha vida, quer dizer, eu ao menos pensei que fossem, alguns dolorosos, outros prazerosos, mas no fim, não passaram só de paixões avassaladoras, com um sutil disfarce de amor.
Não sei o que fiz em outras vidas, mas acho que devo ter feito algo de ruim a Platão, pois ele me lançou um grande castigo de seus amores. Até então, me considero mestre no quisito “amor platônico”, se considerarmos, não é de todo ruim, eu preferiria mil vezes, viver algo assim, do que nunca ter a sensação de tê-lo.
Mas com esses amores platônicos, avassaladores, puros e etc. Pude me encontrar finalmente, e hoje sei muito bem o que quero, e desde quando tive a certeza, pensei que eles enfim, me deixariam em paz, mas a questão, é que eles sempre estarão lá, quer eu queira ou não. Só depende de mim, qual deles irá me assaltar.
Me lembro da primeira vez que o toquei, que o beijei, eu soube que eu nunca mais iria querer beijar outros lábios que não os dele. Naquele momento me permiti sonhar, e minha consciência dizia, acho que dessa vez você o encontrou, era algo surreal, divino, era como o cheiro das rosas, eu o podia sentir em todos os lugares.
Aquele ano, foi o