Carreira y, diferenças entre especialistas e generalistas
Eid Aparecido Pereira Neves
Resumo: Este artigo tem como propósito abordar o conceito de Carreira em Y, sua origem, características e premissas dentro das organizações. Apresentar as diferenças entre os perfis generalista e especialista, e a viabilidade desse modelo para diferentes naturezas de negócio e sua repercussão em relação à atração e retenção de talentos, considerando-se tanto a perspectiva das organizações quanto a dos indivíduos. Um dos grandes problemas encontrado nas organizações é de respeitar as diferenças existentes entre as gerações. O mercado de trabalho passou por diversas mudanças que afetaram as organizações, as relações de trabalho e consequentemente as carreiras profissionais. Palavras-Chave: carreira em Y, especialistas e generalistas, mercado de trabalho, carreira profissional
1. Da carreira em linha à carreira em “Y”
A inserção e até mesmo a manutenção de um profissional no mercado de trabalho está se tomando uma tarefa cada vez mais difícil. Isto se deve as profundas transformações ocorridas na forma de emprego e nas relações entre organização e indivíduo. Há não muito tempo existia no mundo corporativo um único percurso possível de carreira: a linear. Nesse formato, o profissional tem três possibilidades de movimentação na empresa: crescimento vertical, estagnação ou demissão. Com a evolução dos estudos relacionados a competências organizacionais e perfis profissionais, tornou-se claro que as pessoas não são iguais (Drucker, 1999). Mesmo tendo nascido na mesma família, frequentado a mesma escola, tido os mesmos amigos, mesma vida acadêmica e profissão idêntica, diferenças existem. Por mais parecido que seja o percurso, a forma como cada um reage aos estímulos e experiências varia de uma pessoa para outra. Casos em que “promoveu-se um grande profissional e ganhou-se um péssimo líder” surgem frequentemente nas conversas corporativas. Significaria isso