Caro
A “crise dos mísseis” em Cuba foi um dos principais eventos da Guerra Fria, assim também como a “crise de Suez”, a qual foi uma sucessão de episódios que aconteceram entre outubro e novembro de 1956 que envolveram a nacionalização do canal pelo presidente egípcio Nasser, ações de guerra de Israel contra o Egito, intervenção militar da Inglaterra e da França para proteger seus interesses em Suez, e a reação internacional. Onde os Estados Unidos desautorizaram publicamente a ação bélica anglo-francesa, e a intervenção de uma força de paz da ONU, parcialmente integrada por soldados brasileiros. Onde após semanas de tensão, que poderiam resultar em uma nova guerra mundial a crise esfriou.
Quase simultaneamente aos acontecimentos de Suez, ocorreu a invasão militar soviética em Budapeste, para extinguir a revolta dos húngaros contra o regime ditatorial a que viviam submetidos. Aonde, eventos posteriores (Praga, 1968) viriam reforçar a percepção de que os Estados Unidos e seus aliados da Europa não estavam dispostos a reagir militarmente contra a violência empregada pelos russos para proteger o império que eles haviam erigido nos anos imediatamente posteriores a 1945.
De qualquer forma, a invasão da Hungria por tropas soviéticas deixou marcas profundas na reputação do comunismo, sobretudo, entre os jovens idealistas, cuja inclinação natural era simpatizar com a visão marxista de um mundo onde não havia (ou não haveria) a divisão da sociedade em classes.
Crise dos Mísseis, 1962; Praga, 1968:
O episódio mais perigoso da Guerra Fria foi a crise dos mísseis (outubro de 1962), deflagrada depois que os Estados Unidos fotografaram armamentos nucleares em vias de ser instalados pela União Soviética em Cuba, portanto, a apenas 150 quilômetros do território norte-americano. Tendo em vista a ameaça de bombardeio as instalações, John Kennedy decretou o bloqueio naval da ilha de Cuba e exigiu a retirada imediata dos