Carlos Drummond de Andrade
O poeta Carlos Drummond de Andrade nasceu na cidade de Itabira, em Minas Gerais, no ano de 1902. Sua trajetória intelectual foi um tanto conturbada, ora interrompida pela enfermidade, ora suspensa por uma suposta indisciplina mental, quando foi expulso de uma escola do município de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Em 1925 ele se graduou em Farmácia, mas sua jornada literária já estava traçada nos planos divinos; ele atuava então como redator do Diário de Minas e tinha suas conexões com os integrantes do Modernismo paulista. Foi justamente na Revista de Antropofagia que ele se aventurou, pela primeira vez, nos caminhos da poesia, em 1928, com o célebre poema ‘No meio do caminho’.
Suas criações não se moldam a categorias rígidas ou a teorias asfixiantes; o principal caminho de compreensão da sua obra é a leitura de seus poemas. Desta forma será possível encontrar os fatos rotineiros, as atitudes e cenários singelos, matéria-prima com a qual o autor elabora sua poesia. O resultado desta gestação poética são poemas curtos como ‘Construção’ ou longos, como ‘O caso do vestido’.
Sua vida resumia-se em três partes: funcionário público, para o seu sustento e de sua família; crônica por obrigação e poeta por vocação.
Características Literárias
Sua carreira poética pode ser dividida quatro fases. Cada uma delas é composta por obras que nos permitem acompanhar a evolução de seus temas e sua visão de mundo.
1ª Fase
Tem como característica o pessimismo, o isolamento, o individualismo e reflexão existencial. Nota-se nessa fase um desencanto em relação ao mundo.
2 ª Fase
Chamada fase social, é marcada pela vontade do poeta de participar e tentar transformar o mundo, o pessimismo e o isolamento da 1ª fase é posto de lado. O poeta se solidariza com os problemas do mundo.
3ª Fase
Pode ser dividida em dois momentos: Poesia filosófica e poesia nominal.
Poesia filosófica: textos que refletem sobre vários temas de preocupação universal como a vida e morte