carlos brandao
Inicialmente, Brandão afirma que a educação está presente no dia a dia de todos, e que ela se manifesta de variadas formas, por exemplo: em casa, na rua, na igreja, etc.
Para o autor, a visão ocidental de modelo e forma de educação, onde é transmitida por professores e em escolas, não é a única existente, visto que a educação é encontrada em todos os tipos de sociedades – tribais, caçadores, pastores nômades, países desenvolvidos, etc. Desse modo, ela faz parte da construção, continuidade e legitimação de cada uma delas, ou seja, ela é encontrada a partir do momento em que uma sociedade repassa o saber comum necessária para a continuidade de costumes, tradições e crenças de cada uma. É nesse momento em que é encontrada, na opinião do autor, a força da educação, pois as sociedades são construídas a partir da manutenção dos costumes de determinado grupo.
Posteriormente, o autor contextualiza como é concebida a educação em sociedades em que ela não é dada através do que ele chama de ensino formal, sujeita a pedagogia, onde são criados métodos e executores especializados do saber.
Analisa como exemplo, as comunidades tribais, que, segundo ele, é onde educação é tratada como forma de transmissão do que é importante para a continuidade e idéia de pertencimento a determinado grupo, ou seja, ajuda na manutenção da identidade cultural de cada comunidade diferente da visão ocidental institucionalizada de educação. Ele afirma que uma das principais características dessa forma de educação é a maneira de como é adquirido o saber, que é dado pouco a pouco, pelo simples ato de conviver e observar diferentes situações entre as pessoas, tanto no seio familiar como também na comunidade ao todo.
Assim, o autor traz o conceito de endoculturação que é o processo em que o individuo adquire as especificidades de determinada cultura, a fim de “torná-lo pessoa” dentro de sua comunidade onde afirma que a educação é uma fração desse processo.
Outro ponto importante para o