CARLOS RODRIGUES BRANDÃO
Brandão afirma que não existe uma forma única de educação, a escola não é o único lugar em que ela acontece, o ensino escolar não é a sua única prática e o professor não é o seu único praticante.
O autor aponta, ainda que a educação existe em diferentes mundos desde em pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nômades, camponesas, até em países desenvolvidos e industrializados, em diferentes culturas e classes sociais. Através do exemplo do trecho citado pelo autor da carta de Benjamim Franklin nas palavras de um índio americano que escreveu para os colonizadores que ofereciam uma educação, para seus filhos isso fica evidente o que Brandão quer chamar a atenção e faz o leitor entender que o que uma determinada sociedade chama de educação no seu contexto cultural pode simplesmente não ser para outra sociedade. Neste momento infere-se uma visão diferente sobre o que muitos estão acostumados a chamar de educação, quando o índio agradecia, porém dispensava a ajuda argumentando que a educação dos colonizadores não correspondia à realidade que eles precisavam para os homens da aldeia, pois não serviriam como guerreiros, caçadores ou conselheiros tornando-se inúteis a educação e expõe que ela pode existir livre e entre todos, como também imposta pelo sistema centralizado de poder usado para controlar a sociedade.
A educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade.
Ainda o autor endossa que a educação existe no imaginário das pessoas, na ideologia dos grupos sociais para transformar os indivíduos no que se acredita ser o