carga tributaria bruta

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Em 2012, a Carga Tributária Bruta (CTB) atingiu 35,85%, contra 35,31% em 2011, indicando variação positiva de 0,54 pontos percentuais (Quadro 01). Essa variação resultou da combinação dos crescimentos, em termos reais, de 1,0% do Produto Interno Bruto e de 2,44% da arrecadação tributária nos três níveis de governo.
2. FATORES CONDICIONANTES Em 2012, a economia brasileira registrou um crescimento real de 1,0% contra 2,7% do ano de 2011. Foi o pior resultado desde o ano de 2009, quando a economia brasileira sofreu os impactos da crise internacional. Já o PIB per capita marcou uma variação positiva de 0,1%, alcançando R$ 22.402 (em valores correntes) no ano de 2012. O crescimento de 1,0% foi liderado pelo setor de serviços (+1,9%), enquanto os setores da agropecuária (-2,1%) e da indústria (-0,8%) registraram queda. Na comparação com 2011, a massa salarial apresentou um aumento de 5,1% em relação a 20114 e o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 3,9%. Com relação ao comércio exterior, as exportações e importações de bens caíram 5,3% e 1,4% respectivamente em termos nominais. O investimento privado caiu 4%, o consumo das famílias cresceu 3,2% e os gastos do Governo aumentaram em 3,3%.
Estes fatores, dentre outros, contribuíram para o aumento de 0,54 pontos percentuais da Carga Tributária Bruta do País.

3. SÉRIE HISTÓRICA DA CARGA TRIBUTÁRIA O ano de 2012 registra o valor máximo histórico de Carga Tributária desde 2002, com indícios de uma desaceleração buscando uma estabilidade ou possível redução. Um dos fatores que contribuem para o aumento da Carga Tributária são os parcelamentos, que, caso fossem desconsiderados, levariam a uma sensível redução da Carga. Os parcelamentos referem-se a dívidas de exercícios anteriores que acabam por influenciar a arrecadação do período atual, em função do regime de caixa utilizado. O quadro e o gráfico abaixo apresentam os dados de carga tributária com e sem os efeitos dos