LEITURA DE TEXTOS ETNOGRÁFICOS II
U N I V E R S I DA D E N OVA D E L I S B OA LICENCIATURA DE ANTROPOLOGIA
LEITURA DE TEXTOS ET NOGRÁF ICOS II
DO CE NT E: SÓ NI A VE SP EI R A D E AL ME IDA
PO R DE TR Á S DA
M Á SC AR A
ENSAIO DE ANTROPOLOG IA DA
PERFORMANCE SOBRE OS CARETOS DE
PODENCE DE PAULO RAPOSO
ANA CLÁUDIA CARRAÇA
Nº 41256
MARGARIDA PINTO COELHO
Nº41444
TURMA A
RESUMO
Este ensaio reflecte sobre a obra Por Detrás da Máscara, Ensaio antropológico da performance sobre os caretos de Podence de Paulo Raposo, sendo utilizados para o respectivo ensaio a introdução e capítulo 1,2 e 3.
A obra fala-nos acerca de uma tradição de longa data, de uma aldeia rural de Trás-osMontes, mais propriamente Podence, aldeia conhecida pelos caretos, figuras de imagem diabólica e misteriosa, que animam a época carnavalesca nas festividades do ciclo de
Inverno. A obra irá acompanhar a transformação desta pequena tradição, que deixou de ser pequena para se elevar a nível nacional e até mesmo mundial.
PA L AV R A S - C H AV E
Caretos, performance, espetáculo, folclorização, objectificação, emblematização, patrimonialização, desfolclorização, turistificação, mercantilização.
DESENVOLVIMENTO
Nesta obra, o autor irá tentar preencher o vazio antropológico que existia em torno dos rituais carnavalescos, realizados pelos caretos de Podence. A forma como foram preservados, e modificados de forma a conseguirem subsistir num mundo mais moderno.
A primeira vez que Paulo Raposo foi a Podence, foi no Inverno de 88’. Esta pequena aldeia localizava-se na freguesia de Trás-os-montes, em Bragança. No entanto, o seu primeiro contacto com os caretos só se deu efectivamente em 1996, no Festival de Cantigas de Maio, realizado pela Câmara Municipal do Seixal. Este primeiro contacto, segundo o autor, foi algo de paradoxal, pois a imagem que levava consigo era que os Caretos eram personagens enérgicas que apareciam vindas do nada, e deambulavam sem rumo pelas ruas da aldeia, com o único