Cardápio
O capítulo inteiro, que vai até o verso 58, é uma verdadeira aula sobre a ressurreição dos mortos. Se houve um ótimo momento para Paulo afirmar a sua doutrina da imortalidade da alma, com a menção das nossas almas imortais no Céu ou de religação de corpo e alma por ocasião dessa ressurreição, aí estava uma ótima oportunidade! Contudo, vemos que as implicações do que é acima exposto é muito, mas muito diferente daquilo que imaginam os imortalistas. Em primeiro lugar, se existisse uma imortalidade da alma, os que “dormem” estariam como almas incorpóreas no Céu. Contudo, Paulo diz que, se não há a ressurreição, então os mortos já teriam perecido (eles não ficariam “desincorporados pela eternidade”, pelo contrário, estariam todos mortos!). O original grego traz a palavra apôlonto neste verso 18, que, de acordo com a Concordância de Strong significa: "perecer, estar perdido, arruinado, destruído" (622). Todos esses significados dão a mesma dimensão de implicação: para Paulo, os mortos estariam agora perdidos, ou totalmente destruídos, arruinados, se não fosse pela ressurreição dos mortos.
O problema para os imortalistas reside precisamente no fato de que, na teologia deles, os que morreram em Cristo estariam neste momento no Céu, e continuariam lá da mesma forma se não ocorresse a ressurreição, com o único detalhe de que viveriam para sempre em forma incorpórea. Então, como é que eles poderiam