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Impacto nutricional do programa de alimentação do trabalhador no Brasil

No Brasil, as políticas de alimentação para o trabalhador se fundamentam na ideia de que a força de trabalho é elemento chave para a produção econômica. A criação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) visava melhorar o estado nutricional daqueles de baixa renda, aumentar a produtividade, reduzir os acidentes e também evitar a ausência dos mesmos nos processos de trabalho. Este programa promove o acesso à alimentação através de refeições servidas no local de trabalho ou pelo fornecimento de cupons e cestas básicas. O artigo vai dispor sobre os impactos nutricionais do PAT na saúde dos trabalhadores. Para a realização do estudo, foram utilizados dados de uma organização que presta serviços de monitoramento da saúde dos trabalhadores a um grande número de empresas em todo estado da Bahia, além de uma base de dados incluindo informações selecionadas dos prontuários on-line dos trabalhadores, que contêm dados sociodemográficas e ocupacionais, história clínica e resultados de exames laboratoriais. A população da pesquisa foi composta por trabalhadores do setor industrial, que foram atendidos pelo menos duas vezes no período do estudo.
Foram empregados na variável “programa de alimentação”, três categorias, referentes a empresas registradas no PAT; outra categoria com empresas que possuíam outro programa de alimentação, não registrado, oferecendo refeição, ticket ou cesta básica; e a última categoria com empresa sem nenhum programa de alimentação. O nível socioeconômico também foi dividido em três grupos: nível alto, médio e baixo. Quanto ao estado nutricional, as variáveis foram o aumento de peso e a pré–obesidade. As questões sociodemográficas também foram observadas, como sexo, idade em anos, escolaridade, situação conjugal e ocupação. A população do estudo foi composta por 8 454 trabalhadores.
Como resultado, foi observado que os trabalhadores eutróficos beneficiados com o