Cardiopatias Congénitas (CC)
Cardiopatia congénita (CC) é definida como uma anomalia estrutural do coração ou grandes vasos, com alteração anatómica presente à nascença, e que pode comprometer a função circulatória. São doenças que resultam de aberrações do desenvolvimento embrionário e que embora possam ser diagnosticadas durante a gestação normalmente só se manifestam depois do nascimento e em alguns casos o diagnóstico só é feito mais tarde (3,5,6). A formação das principais estruturas cardíacas, como os grandes vasos e os septos auriculares, ventriculares e auriculoventriculares, ocorrem sobretudo entre o 3º e o 6º mês de gestação (8). Embora uma parte das CC possa ter determinismo genético e haja até malformações, com maior expressão em determinados grupos familiares, existem alguns fatores de risco que podem determinar o desenvolvimento de cardiopatias congénitas (3,8,9). A rubéola ou sífilis materna, o uso de alguns fármacos como a talidomida, o wafarin ou consumo de alcool na gestação, a exposição a radiação, as alterações genéticas como o Síndrome de Marfan e de Turner, a mãe ter idade superior a 40 anos são alguns desses fatores de risco (3,8,9). Segundo a organização mundial de saúde (OMS) a incidência das CC nos países desenvolvidos é de 0,8% e nos países em desenvolvimento é de 1,2% (3). É a terceira causa de morte de recém-nascidos e no primeiro ano de vida (3) As malformações na estrutura do coração e vasos ocorrem em cerca de 8 de cada 100 recém-nascidos vivos. Portanto exames como o acompanhamento ecográfico durante a gestação e o ecocardiograma fetal podem ajudar a fazer o diagnóstico precoce da CC ainda durante o desenvolvimento fetal (8). O diagnóstico pós natal de uma CC na maior parte dos casos resulta da deteção de alterações na auscultação, nomeadamente a presença de sopro (3,9). O diagnóstico definitivo envolve exame ecocardiografico com doppler, RX do tórax, ECG e estudo hemodinâmico (3). O prognóstico depende do tipo de CC e da