Fisioterapia
A cardiopatia congênita (CC)23 é a manifestação de uma alteração na estrutura cardiovascular normal ou da incapacidade dessa estrutura atingir seu desenvolvimento completo durante o período fetal29. É a principal causa de morte2,26, no primeiro ano de vida21, em cada oito a dez crianças em 1000 nascidas vivas5,12,22,23,26,29. Estima-se o surgimento de 28.846 novos casos por ano no Brasil, e a necessidade de aproximadamente 23.077 cirurgias no mesmo período5,23, já que o tratamento cirúrgico, seja ele paliativo ou definitivo, geralmente é o de escolha e baseia-se no princípio de procurar oferecer ou devolver à criança, sempre que possível, perspectiva de sobrevida a longo prazo, e adequada qualidade de vida, ao reduzir ou abolir os sintomas16.
Essas cardiopatias podem ser classificadas em cianóticas ou em acianóticas27,29. Em um estudo realizado por Miyague et al.21, 2003, as cardiopatias acianóticas mais freqüentes foram comunicação interventricular (30,5%), comunicação interatrial (19,1%), persistência do canal arterial (17%) e coarctação da aorta (6,3%). Dentre as cianóticas encontram-se a tetralogia de Fallot (6,9%), transposição dos grandes vasos da base (4,1%), atresia tricúspide (2,3%) e drenagem anômala total de veias pulmonares (2%).
As crianças com CC que são submetidas à cirurgia cardíaca podem apresentar diversas repercussões. Dentre as repercussões clínicas destacam-se o quilotórax6,7,12,30, a atelectasia, a pneumonia12, a paralisia diafragmática1,12,17 , a Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS)28 e o acidente vascular cerebral (AVC)4,8,9,11 . Essas repercussões são associadas, geralmente, com o uso da circulação extracorpórea (CEC)12 e com a incisão cirúrgica30.
Repercussões anatômicas também ocorrem nas crianças que são submetidas à cirurgia cardíaca. A depender do diagnóstico da CC, a abordagem cirúrgica pode ser através da toracotomia lateral, da esternotomia mediana ou ambas15. Além de resultarem em dor