cardiologia
Manuela Perdigão Silva da Costa* Rita de Cássia Fernandes Grassia**
1. Introdução
As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as principais causas de morbidade, incapacidade e morte no Brasil e no mundo, sendo responsáveis por 29% das mortes registradas em 2007. Os gastos com internações pelo Sistema Único de Saúde, totalizaram 1,2 milhões em 2009 e com o envelhecimento da população e mudança dos hábitos de vida, a prevalência e importância das DCV tende a aumentar nos próximos anos1.
Entre as causas de morte e hospitalização por DCV, destacam-se as síndromes coronarianas agudas (SCA), incluindo o infarto agudo do miocárdio (IAM) e a angina instável (AI). Com os avanços no tratamento da SCA, a mortalidade no IAM nos estudos observacionais caiu de 30% na década de 50 para menos de 5% nos registros mais recentes em países desenvolvidos 1.
O tratamento moderno do IAM depende do uso de terapias de reperfusão, rápido acesso ao serviço médico e uso de medicações específicas com benefício comprovado. Embora, a maioria das abordagens indicadas no tratamento do IAM estarem disponíveis no SUS, a mortalidade hospitalar pelo IAM continua elevada, o que exige uma ação integrada do Ministério da Saúde, Sociedades Científicas, gestores estaduais e municipais e hospitais.
O infarto agudo do miocárdio (IAM) continua sendo a maior emergência de causa de morbidade e mortalidade cardiovascular, admite-se uma incidência em torno de 300.000 infartos por ano no Brasil, não existindo dados fidedignos de mortalidade global ou de perfil de mortalidade1.
* Enfermeira. Discente do curso de Especialização em Enfermagem em Cardiologia e Hemodinâmica da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein (FEHIAE).
**