Cardiologia
Karl B. KernI; Sergio TimermanII; Maria Margarita GonzalezII; José Antônio RamiresII
IUniversity of Arizona Sarver Heart Center, University of Arizona College of Medicine, Tucson, Arizona - United States
IIInstituto do Coração (InCor) - Universidade de São Paulo, São Paulo, SP - Brasil
Correspondência
RESUMO
A ressuscitação cardiocerebral (RCC) é uma nova abordagem à ressuscitação de pacientes com parada cardíaca fora do hospital (PCFH). O primeiro componente principal da RCC são as compressões torácicas contínuas (CTC), também chamadas de RCP com compressões torácicas isoladas ou "RCP somente com compressões torácicas" ("Hands-only" CPR), recomendadas como parte da RCC por todos os observadores que testemunhem um colapso súbito de origem presumidamente cardíaco.
O segundo componente é um novo algoritmo de tratamento de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) para Serviços Médicos de Emergência (SME). Esse algoritmo enfatiza compressões torácicas ininterruptas a despeito de outros procedimentos contínuos como parte do esforço de resgate. Um terceiro componente foi recentemente adicionado à RCC, e é o cuidado agressivo pós-ressuscitação. A RCC tem aumentado a participação de testemunhas e tem melhorado as taxas de sobrevivência em varias comunidades. Essa é a hora para outras comunidades re-examinarem seus próprios desfechos com parada cardíaca e considerar a possibilidade de se juntar a essas cidades e comunidades que dobraram e até mesmo triplicaram as suas taxas de sobrevivência de PCFH.
Palavras-chave: Ressuscitação, oxigenoterapia, disfibriladores/utilização, sobrevivência.
Introdução
Ressuscitação cardiocerebral (RCC) é uma abordagem relativamente nova para a ressuscitação de pacientes com parada cardíaca fora do hospital (PCFH). Em 2003, a experiência clínica local no Arizona claramente indicava que interrupções das compressões torácicas (CT)