Carcinoma
O Carcinoma de células escamosas (CCE) é um tumor maligno dos queratinócitos. É um dos tumores cutâneos malignos mais comuns em cães e gatos brancos e o segundo tumor bucal mais comum em cães, sendo o mais prevalente em gatos.
Desenvolvimento
A pele e o tecido subcutâneo são locais comuns de neoplasias primárias em cães e gatos e o carcinoma de células escamosas (CCE) encontra-se entre os quatro tumores mais comuns a atingir essas regiões. Também denominados de carcinomas epidermóides ou carcinomas espinocelulares, os CCE são neoplasias malignas da camada espinhosa do epitélio, com origem nos queratinócitos. A etiologia precisa dos CCE ainda não é conhecida, como ocorre na maioria das neoplasias, porém alguns autores sugerem que a causa exógena mais comumente aceita de carcinoma de células escamosas é a exposição à luz ultravioleta. O CCE pode comprometer qualquer parte da pele, mas as áreas mais frequentemente afetadas são o tronco, orelhas, pálpebras, narina, lábios, escroto, região inguinal e região axilar. Existem dois tipos de CCE cutâneo: o que se manifesta por lesões proliferativas e o que se manifesta por lesões erosivas (ulcerativas). Exemplo de lesão proliferativa e lesão erosiva de CCE cutâneo
O diagnóstico das lesões é feito com base na anamnese (proprietários relatam hábitos de exposição solar do seu animal) e na existência de lesões compatíveis no exame físico, mas a confirmação apenas pode ser feita por citologia aspirativa por agulha fina (CAAF) ou biópsia de pele e exame histopatológico.
Exemplo de exame histopatológico (e) e preparação imunohistoquímica mostrando mitose granular (d)
Especialmente no Brasil, o carcinoma de células escamosas representa um problema clínico cirúrgico sério, uma vez que a exposição crônica à radiação ultravioleta é um dos fatores importantes para o desenvolvimento da doença, com prevalência em torno de 25% de todas as neoplasias cutâneas.
Dois grandes alvos de surgimento de neoformações