Carcinoma
CARCINOMA DE CÉLULAS TRANSICIONAIS VESICAL
EM UMA CADELA SÃO BERNARDO – RELATO DE CASO
Veridiana Maria Brianezi Dignani de Moura1, Francisco Pupo Pires Ferreira2,
Marcela Marcondes Pinto Rodrigues3, Cristiane Padrin Caldeira1, Enio Pedone Bandarra4
RESUMO
No presente artigo, descreve-se o caso de uma cadela São Bernardo de sete anos de idade e histórico de disúria progressiva e estrangúria.
Inicialmente estabeleceu-se o diagnóstico de infecção do trato urinário baixo (cistite), sendo instituída a terapêutica adequada. Frente ao episódio de recidiva do quadro clínico após 45 dias, realizaram-se exames laboratoriais e de imagens que reiteraram o diagnóstico de processo inflamatório crônico, apesar de não descartada a possibilidade de neoplasia vesical. O animal foi novamente tratado, não apresentou melhora e foi submetido à laparotomia exploratória e exame citológico. Face aos achados macro e microscópicos, assim como ao estado geral da cadela, e ao prognóstico reservado, procedeu-se a eutanásia. O exame histopatológico reafirmou a lesão vesical de origem neoplásica classificada como carcinoma de células transicionais de bexiga urinária.
Palavras-chave: Carcinoma de células transicionais, bexiga urinária, cão.
INTRODUÇÃO
Doenças dos sistemas genito-urinário são comuns em cães, especialmente em animais adultos e idosos, sendo mais freqüentes as insuficiências renais latu sensu e as afecções prostáticas, com destaque para as hiperplasias (KRAWIEC, 1989). Em contrapartida, as neoplasias do trato urinário são incomuns em todas as espécies
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domésticas, porém, as de origem vesical são as mais relatadas, particularmente em cães, representando cerca de 0,5 a 1% de todos os tumores desta espécie (MORRISON, 1998; SERAKIDES et al.,
2000; KNAPP, 2001; MEUTEN, 2002).
Dentre as neoplasias vesicais, aproximadamente 90% são epiteliais e malignas, ao passo que as mesenquimais correspondem a apenas 10% e apresentam proporção de