Carandiru
Direito Unieuro asa sul - matutino
CPD:474496
Resenha do livro: Estação Carandiru Autor: Drauzio Varella.
Dráuzio Varella iniciou um trabalho voluntário, na Casa de Detenção de São Paulo, o maior presídio do Brasil, voltado às doenças mais temidas pela sociedade, como a AIDS, perpetuando suas pesquisas e laboratórios neste ramo durante o período do livro. Além de médico, formado pela Universidade de São Paulo, Dráuzio acabou se tornando um certo antropólogo, assim reconhecido pelos que leram seu livro, pelo fato tratar o caso de uma maneira mais sociológica do que relacionar as situações à área médica. O livro Estação Carandiru, traz em suas entrelinhas, a transparência do autor ao expor as mais diversas situações de frustração, violência, frieza e morte, logo consegue envolver-nos com uma imensa facilidade. É a poesia de um universo desconhecido aliada à falta de informação dos que não fazem parte do sistema carcerário, ou mesmo daqueles que sequer viram, ou ouviram falar em uma penitenciaria de segurança máxima. O livro começa viajando pelos sete pavilhões, que são bem organizados pelos detentos daquele centro de detenção que abrigava mais de sete mil e duzentos presos. As numerações destes pavilhões não seguem o padrão, foram determinadas aleatoriamente e a imagem do local é refletida de imediato na imaginação do leitor. A rotina de quem vive neste conjunto de presidiários não muda. Os carcereiros noturnos fazem a contagem de cela por de cela com para ver se algum detento fugiu ou morreu. Logo depois é servido o café da manhã na própria cela, dando força e estímulo para enfrentar o tão sagrado banho de sol e o dia de trabalho e atividades. Os presos recém-chegados, apresentando funções mais burocráticas representam o pavilhão de número dois, lá eles tinham sua imagem registrada por uma fotografia, aprimorada por uma calça de cor bege e um corte de cabelo. Há no pavilhão de