Artigo traduzido- - mecanismos moleculares da toxicidade do fluoreto
Resumo
Na metade do século XX, o fluoreto despertou o interesse de toxicologistas devido a seus efeitos nocivos em concentrações elevadas nas populações humanas que sofrem de fluorose e “in vivo” em modelos experimentais. Até a década de 90, a toxidade do fluoreto foi ignorada devido a sua boa reputação para a prevenção de cáries por meio de aplicação tópica e em pastas de dentes. Contudo, na última década, o interesse nos seus efeitos indesejáveis ressurgiu devido a consciência que este elemento interage com o sistema celular, mesmo em baixas doses. Nos últimos anos, diversas investigações demostraram que o fluoreto pode induzir o estresse oxidativo e modular a homeostase redox intracelular, peroxidação lipídica e o conteúdo/teor/capacidade da carbonila proteica, bem como alterar expressões genicas e causar apoptose. Genes modulados pelo fluoreto incluem aqueles relacionados à resposta ao estresse, enzimas metabólicas, o ciclo celular, comunicação entre células e transdução de sinal.
O primeiro propósito dessa analise é examinar recentes descobertas do nosso grupo e outras que incidem sobre os mecanismos moleculares da ação do flúor inorgânico em diversos processos celulares com relação a potenciais implicações fisiológicas e toxicológicas. Esta análise apresenta uma visão geral da pesquisa atual dos aspectos moleculares da exposição ao flúor com ênfase em alvos biológicos e seus possíveis mecanismos de envolvimento na citotoxicidade de flúor. A meta dessa análise é melhorar a compreensão dos mecanismos pelos quais o flúor afeta células, com ênfase em tecidos específicos dos seres humanos.
Introdução
O íon fluoreto é derivado do elemento flúor, um gás que nunca se encontra em um estado livre na natureza. O fluoreto é abundante no meio-ambiente e existe sómente em combinação com outros elementos, como os componentes do fluoreto, que são constituintes de minerais em rochas e no solo. Portanto, o