Capítulo 4. COMPETÊNCIA E UTOPIA - Prática profissional e projeto da obra ÉTICA E COMPETÊNCIA de Terezinha Azeredo Rios
Em seguida coloca que a inquirição filosófica sobre a educação deve estar sempre presente na mente do educador, não devendo este aceitar o processo educacional como algo estaticamente definido e imutável. O professor deve assumir a posição de mediador entre o aluno e o Conhecimento, pois não é ele, o educador em si, a fonte do saber que o aprendiz deve procurar.
Explica então que estando imersa no contexto social, a educação é influenciada por uma série de fatores extra-escolares, muitas vezes servindo como meio de replicação de um sistema de padronização cultural. Contra uma postura de mera reprodução mecânica, o Educador Competente deve fornecer ao aluno meios de promover uma visão crítica de seu mundo, num intuito emancipatório e "evolucional".
Como tudo, a sociedade não é inerte, e sim está em constante transformação, o processo educacional deve estar não só em sintonia como a impermanência do meio, mas também ter um Projeto de aperfeiçoamento, um "ideal" a ser atingido, o que dá significado maior ao Processo Histórico. O Futuro é gerado no Presente, e temos todos os meios para construir agora a escola e a sociedade do amanhã.
Nesses espíritos a autora estabelece como ideal a ser a atingido não algo Utópico no sentido de que não possa ser realizado, mas sim algo a ser realizado, afirmando resgatar o real sentido de Utopia.
Segundo ela é preciso saber trabalhar com esse conceito não como uma meta além do alcance, e sim como uma expectativa para a qual se progride, convertendo o ideal ainda não realizado em realização, no sentido de que "o que ainda não é pode vir a ser". Lembrando que o possível não está pronto, ele de certa forma é um evento que liga o