capitanias hereditarias

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No início da colonização brasileira, Portugal se via atraído pelo comércio oriental, e via no Brasil apenas uma fonte de extrativismo, através da extração do pau-brasil, que existia abundantemente em nossas matas. A exploração se dava exclusivamente a essa prática, sendo realizadas poucas expedições para conhecer melhor as novas terras, elas eram feitas apenas para que houvesse um reconhecimento e proteção do litoral brasileiro.

Com o descontentamento de um tratado feito entre Portugal e Espanha (Tratado de Tordesilhas), outras nações começaram a demonstrar interesse nas terras recém-descobertas pela Coroa Portuguesa. França, Inglaterra e Holanda já eram vistas como ameaça, e isso fez com que os portugueses repensassem a forma como estavam ocupando sua colônia.

Martim Afonso e as Capitanias Hereditárias
Com este risco iminente, de ver suas terras invadias, no ano de 1530 foi enviada ao Brasil uma expedição com Martim Afonso de Sousa, que trazia os primeiros colonos que se fixariam definitivamente nas novas terras coloniais. Agora cabia a Martim Afonso e os demais colonizadores o dever de desenvolver uma economia local, povoar e fundar vilas, demonstrando que aquela não era apenas uma terra de extrativismo, mas sim, de habitação, com um governo regendo por ele.

Sem recursos para gastar com armamentos ou soldados que pudessem fazer a proteção das terras, em 1534 o rei de Portugal, Dom João III, tomou a iniciativa de dividir as terras brasileiras em 15 partes, que vieram a se chamar de capitanias hereditárias. Esses lotes iam do litoral ao limite estipulado pelo Tratado de Tordesilhas, e foram entregues aos cidadãos da pequena nobreza portuguesa, que foram nomeados donatários, que eram o poder maior dentro de suas capitanias. Cabia a eles a obrigação de governar, colonizar e desenvolver a região com seus próprios recursos. Desta forma, Portugal continuava a dominar o Brasil, e agora, cada região tinha alguém com interesses próprios e motivos suficientes para

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