Capitalismo e Moderna Teoria Social - Resenha da Introdução
Com base na leitura da obra, pode-se perceber que Marx teve suas ideologias naturais, ou seja, criadas e personalizadas por ele, modificadas com o tempo devido ao conhecimento de obras de grandes filósofos de sua época como Hegel e outros, embora o mesmo tenha sido extremamente sensato em não adotar para si raciocínios extremamente religiosos, uma vez que, possuindo uma forte tendência iluminista, era contra as intolerâncias impostas pela Igreja. Não havendo somente a Igreja como grande instituição autoritária, ele também era contra as injustiças praticadas pelo Estado, pois partia do ideário de que a razão era um grande instrumento para a criação de uma sociedade mais justa.
Feurbach relata bem em sua publicação “A Essência do Cristianismo” a passagem de uma sociedade teocêntrica, totalmente voltada para divino, onde a Igreja era uma instituição muito forte e com alto poder indutivo e persuasivo que, de certa forma, impunha aos seus fiéis certas regras e os mantinha sobre seus poderes através de suas doutrinas que os levariam a alcançar a “salvação eterna” para uma sociedade antropocêntrica, voltada para o homem, na valorização do homem, onde ele é o centro do interesse, não mais o divino, uma ideologia fortemente reforçada pelo Humanismo; Marx então eleva seus conceitos e estudos para um campo mais material e racional filosófico, deixando um pouco de lado os ideais mais abstratos e teológicos de Hegeu.
É visível a busca incansável de Marx por um democracia, por um equilíbrio, pela abolição da atual conjuntura ilusória e partidária da Igreja e dos dogmas políticos e religiosos presentes na sociedade e deixando bem evidente que quer usar todos seus conhecimentos em algo que contribua para a política e para o bem estar social. Marx também observa bem o caráter econômico, onde mostra que o Capitalismo não deve ser encarado como um dogma econômico, pois assim como seus precedentes, este deve ser igualmente