Capitalismo e desigualdade social

Capitalismo e desigualdade social

Nas sociedades capitalistas, embora a igualdade das pessoas perante suas leis seja amplamente difundida, a desigualdade entre seus membros se torna cada vez mais evidente. Esta desigualdade tem o seu fundamento na base econômica da sociedade e se expressa em todas as esferas da vida social, tais como educação, saúde, cultura, direito e etc. Todas essas faces da desigualdade são traduzidas, nos discursos do governo e dos estudiosos em geral, pelo conceito de desigualdade social. A desigualdade social é objeto frequente da preocupação dos governos locais e também dos organismos internacionais, tais como a UNESCO, a ONU, dentre outros. No Brasil, grande parte das políticas públicas dos nossos governos se debruçam sobre essa questão. Assim, na vida política do nosso país muito se fala em combate à pobreza, e até mesmo os nomes dos programas governamentais (fome zero, bolsa-famíla, etc.) evidenciam que a desigualdade social é um problema muito relevante em nossa sociedade. Entretanto, tão importante quanto combater a desigualdade social é entender qual é a fonte de tanta desigualdade na moderna sociedade capitalista. É preciso levar em consideração que a base do capitalismo é a exploração do trabalho e que o funcionamento desta relação de produção em si é geradora de desigualdade. A desigualdade entre as distintas classes sociais se deve ao lugar específico elas ocupam na divisão social do trabalho do modo de produção capitalista, na forma como se organiza esta sociedade. Destituídos dos meios de produção essenciais para a geração da riqueza social, os trabalhadores tornam-se subalternos ao capital e impulsionados pelas suas necessidades vitais deverão vender-se em troca de salário aos capitalistas. Uma vez que esse modo de organizar a sociedade se universaliza, se espalha ao redor do mundo, as demais formas de existência ficam cada vez mais escassas. Vemos portanto que a desigualdade social é mais que um problema social, é