Capitalismo na amazônia: politica de ocupação no acre durante a década de 1970.
RESUMO
Este trabalho consiste em uma análise sobre as questões que envolvem o processo de ocupação de terras no Acre e principalmente na BR-317 AC/AM, a partir dos anos de 1970. Período em que uma ideologia de Segurança Nacional foi utilizada para justificar a ocupação dos “vazios demográficos” da Amazônia, incentivando a ocupação por colonos ou Empresas Colonizadoras. Nesse processo, inúmeros migrantes vindos especialmente do Centro-Sul do país, influenciados pela política de ocupação e por problemas locais de moradia causados, em especial, pela a inundação das áreas afetadas na construção da Itaipu Binacional, adentraram a floresta amazônica em busca de uma nova oportunidade de reconstruir suas vidas. A migração para uma terra desconhecia tornou necessário que o colono se readaptasse ao novo território depois e as novas transformações para garantir sua existência. O imaginário criado pelo governo Federal e Estadual na pessoa do então Governador Wanderley Dantas (1971-1974), sobre a Amazônia e o Acre, sequer se comparava com a real situação a ser enfrentada. A integração nacional promovida pelo PIN e a esperança de produzir no Acre trouxe muitos benefício em relação ao contato do Acre com o Brasil, mas trouxe também o desfio da adaptação. Diante das questões apontadas, este trabalho se insere numa perspectiva de analisar o processo de reorganização do espaço amazônico em meio às transformações políticas e econômicas ocorridas no Brasil a partir da década de 1970.
Palavras-Chave: Ditadura Militar, Desenvolvimento, Amazônia, Migração, Paranaenses.
1.1 Ocupação da Amazônia Acreana Durante a Ditadura Militar
Durante o período da ditadura militar (1964-1985), várias medidas foram tomadas para garantir o controle sobre a nação, tanto no que diz respeito à expansão econômica e territorial, quanto à dimensão político e