AS ORIGENS DO CAPITALISMO NA AMAZONIA

ORIGENS DO CAPITALISMO NA AMAZÔNIA

Nos anos 1900, no período da borracha (Belle Époque), estabeleceram-se os limites de posses, a partir de Belém e Manaus, o Brasil expandiu-se e conquistou o que seria Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e o extremo oeste do Amazonas. Já nos anos 1950, com a construção de estradas como a Belém-Brasília iniciou-se a exploração madeireira, a migração e a devastação em larga escala, o capitalismo iniciou o processo de anexação do território às formas dominantes de mercado. E nos anos 1970 o Planejamento Militar consolidou o modelo predatório explorador, impulsionou de forma extraordinária os investimentos capitalistas e incrementou o processo de migração.
A Amazônia foi transformada e impactada por políticas e estratégias desenvolvimentistas, visando sua integração regional. O resultado foi a integração completa de toda região amazônica aos preceitos, demandas e interesses capitalistas. O capitalismo e a globalização não são processos independentes e sim coincidentes e a globalização precisa tanto do Estado quanto do território para se realizar, assim sendo foram criados programas e projetos estatais que proporcionaram que a Amazônia fosse integrada à dinâmicas produtivas do capitalismo globalizado, levando a uma reorganização completa de seu território a fim de suprir as demandas capitalistas.
Os militares montaram forte estrutura jurídico-financeira – Estatuto da Terra e sistema de crédito – com o objetivo de integrar a região amazônica à dinâmica socioeconômica vigente nas outras regiões do Brasil. Os governos militares estabeleceram controle técnico e político da região influenciando fortemente a forma como o território amazônico foi ocupado, transformado e valorizado do ponto de vista econômico, estratégico e geopolítico. Embasados por discurso desenvolvimentista-nacionalista, os militares introduziram atores exógenos e constituíram novas alianças em nome de uma proclamada necessidade de se garantir a integridade