A NOVA DINÂMICA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA E A (RE)-ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO PRODUTIVO NA AMAZÔNIA.
Benjamin Alvino de Mesquita1
Marlana Portilho Rodrigues2
Neemias Rodrigues Lacerda3
RESUMO
O artigo apresenta parte dos resultados do projeto de pesquisa4 voltado a acompanhar a (re)organização do espaço produtivo na Amazônia decorrente da ação das atividades do agronegócio, particularmente nas áreas de bicombustíveis e grãos. Analisa-se como a atuação tem repercutido na devastação e degradação de novas áreas, bem como os impactos do avanço das monoculturas industriais, como eucalipto e soja para áreas tradicionalmente voltadas a produção de alimentos básicos como mandioca, feijão e arroz. Embora o avanço da agricultura capitalista venha de longa data (desde os anos 1970), na Amazônia a presença destes grupos é nova e ganha relevância apenas no século atual em razão de fatores externos e de facilidades internas, incentivos fiscais e financiamento publico.
Palavras-chave: Dinâmica agrícola; Organização do Espaço; Amazônia.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo pretende analisar como a atuação de grandes grupos nacionais e internacionais em atividades do agronegócio, particularmente nas áreas de biocombustíveis, celulose e grãos tem repercutido na questão da devastação e degradação de novas áreas e, portanto no incremento do desmatamento, bem como que impacto trouxe esse avanço de monoculturas industriais, como eucalipto, palma (dendê) e soja para áreas tradicionalmente voltada a alimentos básicos e assim compreender a reorganização do espaço produtivo na Amazônia. O avanço da agricultura capitalista remete aos anos 70 do século passado, entretanto, na Amazônia a presença destes grupos ainda é recente e ganha relevância apenas neste século atual em razão fatores de externos, como a elevação das taxas de crescimento da economia Chinesa e de facilidades internas, incentivos fiscais e financiamento público.
Esses e outros