Capital intelectual
As discussões sobre o direcionamento econômico global e sobre as tendências que levam à sociedade do conhecimento giram em torno do desenvolvimento tecnológico na sociedade pós-industrial e da competitividade empresarial em nível mundial. Na sociedade pós-industrial marcada pela globalização da economia, por sua vez, caracterizada pelo desenvolvimento de novas tecnologias da informação e telecomunicações, pela formação de blocos econômicos, pelo livre comércio, a competitividade aumentou sensivelmente, induzindo as entidades a adaptarem-se as exigências do novo mercado a fim de não serem suprimidas. Deste modo, ocorreram inúmeros processos de concentração de capital – fusões, incorporações, e participações – entre as entidades e, principalmente, circunstanciou um novo ambiente onde a ampliação da força humana passou a ser exigida permeando alguns fatores agentes. Para Sá, alguns desses fatores são: cultura, criatividade, agilidade de decisões, proteção ou segurança e estratégias flexíveis e tempestivas. Nestas condições ocorreram negócios entre empresas, tais como:
• A Philip Morris incorporou a indústria Kraft (queijos e sorvetes, etc) por 10 bilhões de dólares, sendo que seu patrimônio físico equivalia a 1 bilhão de dólares; • No Brasil, houve a aquisição da Kibon pela Unilever por 930 milhões de dólares, sendo que o patrimônio físico da primeira estava avaliado em 30% a menos. • A IBM adquiriu a Lótus por 3 bilhões de dólares porém seu patrimônio era de 230 milhões de dólares.
Os valores pagos a mais nessas negociações estão diretamente ligados ao ativo intangível da empresa (Marion, 2000). Hendriksen e Van Breda (1999) acreditam que os “ativos devem ser definidos como potenciais de fluxos de serviços ou direitos a benefícios futuros sob o controle de uma organização,” onde não seja necessário evento anterior que propicie geração de benefício futuro. Os autores listaram três características