capitaes da areia conclusao
A elaboração da obra Capitães de Areia resultou da vivência intensa do autor nas ruas, becos e ladeiras da cidade, onde mostra a desigualdade social e a discriminação entre as raças, numa sociedade que se negava a reconhecer que somente os ricos tinham privilégios.
A triste conclusão é que continuam a fazer parte da história da pátria, meninos novos dominados e excluídos, apesar de freqüentarem cada vez mais espaços públicos, não tem a oportunidade de ter uma educação de qualidade, uma família ou quaisquer encaminhamentos futuros. Vale a pena à leitura, pois é um livro que relata a realidade que passávamos e que continuamos a passar, atuando assim na nossa consciência social, política e econômica.
Resumo do livro:
Os Capitães da Areia são um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, há uma seqüência de pseudo-reportagens, explica-se que os Capitães da Areia são um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os adultos antes do tempo que são.
1ª Parte
A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, e depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem-Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das