cap 2
A contabilidade tem uma origem tão antiga quanto a história do próprio homo sapiens. Fatos apontam que em 2.000 anos a.C, e até antes, haviam indícios de contas (em rebanhos e ao numerar instrumentos de caça) feitos pelo homem primitivo. Houve ainda a época da troca simples de mercadorias, onde os negociantes anotavam as obrigações, direitos e bens. Um mero inventário físico, sem avaliação monetária.
A contabilidade vem evoluindo assim como a preocupação do homem com as propriedades e a riqueza. A contabilidade põe ordem nos lugares em que reinava o caos, toma o pulso do empreendimento e compara uma situação inicial com outra mais avançada no tempo. A contabilidade tornou-se parte necessária na existência da vida organizada do homem, sistemas simples de registros e análises contábeis não faltam nem nas menores organizações. O fator mais importante da evolução da disciplina contábil é o acompanhamento da evolução do patrimônio líquido das entidades de qualquer natureza.
O grau de desenvolvimento das teorias contábeis e de suas práticas está diretamente associado, na maioria das vezes, ao grau de desenvolvimento comercial, social e institucional das sociedades, Cidade ou nações. A Europa, a partir do século XIII até o início do século XVII, foi o lugar em que a atividade mercantil, econômica e cultural fervilharam. Lá, em cidades como Veneza e Florença, houve a representação do que de mais avançado poderia existir em termos de empreendimentos comerciais e industriais incipientes. Nesse período Paciolo escreveu o famoso Tractatus de computis et scripturis, o primeiro autor a fazer uma exposição completa da contabilidade. Assim, inicia-se um longo período de domínio da “Escola Italiana” de contabilidade.
ASCENSÃO DA ESCOLA EUROPEIA
Após o surgimento de grande sucesso do método contábil na Itália, surge o período “romântico, onde a teoria avança com relação as necessidades e as reais