candomblé
Culture, Nigéria
A CASA EM FESTA - OS SÚDITOS
O sol se põe, e começa a escurecer na casa de Obaladô. A casa de Xangô, especialmente iluminada neste dia, aguardava o início da festa. As árvores do terreiro foram plantadas por Obaladô a mais de 21 anos, quando recebera de Xangô , seu orixá, a ordem de abrir uma casa – de – santo.
Lenta e calmamente, interrompe suas divagações, dirigindo-se para frente da casa – de – Airá sentando-se em um pequeno banco. A poucos metros erguia-se majestosamente a fogueira, armada be cedo e já contendo os axés próprios do orixá do fogo.
A um aceno seu , uma filha de Oiá traz o seu Adjarim. Obaladô , com delicadeza, apanha a sineta que, ao ser vibrada, anuncia o início de uma reza.
As esteiras são estendidas e sobre elas os iniciados se ajoelham, busto curvado, pousando a cabeça no chão, em direção a Obaladô. Sua voz faz-se ouvir, então, salmodiando cada verso como um lamento, um canto em solo é ouvido e que se repetirá por três vezes. È um lento responsório, em que o oficiante canta primeiro, acompanhado em um segundo momento , pelos presentes.
Oba kawòó o Ó Rei, meus cumprimentos.
Oba kawòó o Ó Rei, meus cumprimentos.
O, o, Kabíyèsílè Sua majestade, o Rei mandou construir uma casa.
Oba ni kólé
Oba séré O Rei do xere, o Rei prometeu e traz boa sorte,
Oba njéje o dono do pilão.
Se´re aládó
Bongbose O ( wo ) bitiko Bamboxé abidikô, meus cumprimentos ( ao )
Osé Kawòó Oxé, sua majestade.
O, o, Kábíyèsilé Meus cumprimentos.
O som do Adjarim marca o início do paó, palmas compassadas que a anunciam uma nova reza para o orixá do fogo....... o cântico continua:
Ó níìka, ó Níìka Ele é cruel, ele é cruel(o trovão ).
Áwè jè atètú Eu jejuo para o punidor.
Badé, badé ìyá Tèmi Badé, badé, meu espírito sofre
Ó níìka, ó níìka árá ìn álàde o Ele é cruel, o