candidise

AGENTE ETIOLÓGICO

Embora mais de 100 espécies de Candida já tenham sido descritas, apenas algumas têm sido implicadas em infecções clínicas. Candida albicans é a espécie isolada com mais frequência de material clínico e responde, em geral, por 90% a 100% de isolados mucosos e 50% a 70% dos isolados de infecções sanguíneas (BSI).

CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

O principal sítio de colonização é trato gastrintestinal (TG), desde a boca até o reto. Esses organismos podem ser encontrados como comensais na vagina e na uretra, na pele e sob as unhas das mãos e dos pés.
As diferenças no número e nos tipos de doenças Candida ssp. causadoras de infecção podem ser influenciadas por numerosos fatores, incluindo: Idade, aumento de imunosupressão, exposição a agentes antifúngicos, diferenças na prática de controle de infecções.
Sabe-se mais sobre a epidemiologia da candidemia nosocomial (adquirida no hospital) que sobre qualquer outra infecção fúngica. Certos indivíduos hospitalizados se mostram nitidamente com alto risco de adquirirem candidemia durante a hospitalização, como resultado de suas condições clínicas subjacentes: pacientes com tumores hematológicos malignos ou neutropenia , aqueles submetidos à cirurgia do trato gastrointestinal e bebês prematuros como os idosos acima de 70 anos.
Os dados epidemiológicos disponíveis indicam que entre 5 a 10 de cada 1.000 pacientes de alto risco contrairão BSI causada por Candida ssp., sendo que 49% evoluirão para óbito.
A Candidíase vulvovaginal (CVV) representa 20% a 25% dos corrimentos vaginais de natureza infecciosa. Estima-se que aproximadamente 75% das mulheres adultas apresentem pelo menos um episódio em sua vida, sendo que destas, 40% a 50% vivenciarão novos surtos e 5% atingirão o caráter recorrente (CVVR).

TRANSMISSÃO

Como membro da microbiota normal, C. albicans já se encontra presente na pele e nas membranas mucosas, sendo assim alguns livros consideram como uma doença não transmissiva.