Cancer
Câncer infantil: percepções maternas e estratégias de enfrentamento frente ao diagnóstico doi:10.2223/JPED.1723 Marcela Rosa L. R. BeltrãoI, Maria Gorete L. VasconcelosII, Cleide Maria PontesIII, Maria Clara AlbuquerqueIV
IMestre, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE.
IIDoutorado, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP.
IIIDoutorado, UFPE, Recife, PE.
IVPós-Doutorado, Universidade Complutense de Madrid, Madrid, Espanha.
Correspondência
RESUMO
Objetivo: Conhecer a percepção materna frente ao câncer infantil e as estratégias de enfrentamento em uma unidade pediátrica do Recife.
Métodos: Realizou-se um estudo descritivo e exploratório conduzido pela pesquisa qualitativa, com base no relato de 10 mães acompanhantes, seguindo o método de amostragem por saturação. O local da investigação foi a unidade de oncologia pediátrica do Instituto Materno-Infantil Professor Fernando Figueira. O trabalho de campo transcorreu no período de março a maio de 2006, utilizando técnicas de observação e entrevista gravada, em resposta a três questões norteadoras. Utilizou-se análise de conteúdo, modalidade temática transversal, sendo extraídos temas recorrentes do corpus das categorizações.
Resultados: As entrevistadas tinham idade entre 22 e 39 anos, sendo duas mães de filho único. Entre as percepções maternas do momento vivido, sobressaíram-se os temas: atitudes e sentimentos revelados na descoberta da doença; o esclarecimento como subsídio para o enfrentamento; e o apoio social.
Conclusões: O diagnóstico do câncer infantil na perspectiva materna revelou uma experiência chocante, dolorosa e desesperadora, além da sensação de “perda”, deixando a “vida sem sentido”. Os suportes para o apoio familiar foram: as crenças religiosas individuais, a família, a equipe de saúde e os amigos.
J Pediatr (Rio J). 2007;83(6):562-566: Câncer, doença crônica, diagnóstico, criança, família, apoio