Canada chora
18.10.2012 - 17:09 Por Romana Borja-Santos “Ainda estou aqui não estou?” A pergunta foi feita por Amanda Todd há menos de um mês e a resposta agora é não. Uma fotografia roubada aos 12 anos a esta adolescente canadiana tirou-lhe a vida aos 15. Amanda foi vítima de ciberbullyingdurante três anos por ter mostrado o peito a um desconhecido na Internet. Fez um vídeo a pedir ajuda que foi publicado há um mês no Youtube. A solidariedade acabou por chegar já apenas como homenagem: antes disso, ela suicidou-se.
Amanda foi encontrada enforcada no seu quarto no dia 10 de Outubro. Mudou de casa, de cidade, de escola, de amigos. Repetidas vezes. A história está a desencadear grandes movimentos de apoio no Canadá e debates sobre ciberbullying no Parlamento do país e nas redes sociais.
Foi um dos tópicos mais comentados nos últimos dias na rede social Twitter e foram criadaspáginas de apoio no Facebook, uma das quais conta com quase 600 mil aderentes.
O caso de Amanda é contado na primeira pessoa, no vídeo que divulgou no Youtube a 9 de Setembro.
O vídeo tem agora mais de quatro milhões de visualizações. Nele, Amanda não diz uma única palavra. Fica apenas diante da câmara e durante mais de oito minutos vai passando um conjunto de papéis escritos à mão com os quais conta os incidentes que mudaram a sua vida e onde diz que precisa de alguém que quebre a solidão.
Na mensagem de apresentação do vídeo Amanda diz que está a “lutar para continuar neste mundo” e que não faz a gravação para ter atenção mas para ser uma inspiração e prova de que pode ser forte. Conta também que se magoou propositadamente, pois prefere magoar-se a si do que a qualquer outra pessoa.
O bullying traduz-se por actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outra pessoa ou um grupo incapaz de se