canabidiol
Uma dessas doenças raras é a síndrome de Rett, que acomete uma em cada 10 mil crianças e começa a se manifestar cerca de um ano após o nascimento. Os sintomas são preocupantes e incluem atraso no desenvolvimento; dificuldades respiratórias; problemas de circulação; padrões alterados nos moimentos dos braços e pernas; e comprometimento das funções cognitivas.
A maior parte dos pacientes cnsegue chegar à idade adulta, mas sua qualidade de vida, com o passar do tempo, torna-se cada vez mais dramática. A síndrome de Rett e a síndrome CDKL5 compartilham um desafio comum: nenhuma delas tem cura.
“No caso de portadores da síndrome de Rett, percebemos que as células nervosas são menores e fazem menos sinapses; são neurônios mais imaturos se comparados aos neur?ônios usados como controle.” Diz o neurocientista Muotri. “Já os portadores da síndrome CDKL5 apresentam neurônios mais ramificados do que o comum, com protuberâncias que facilitam os processos de sinapse” compara o pesquisar.
Uma das drogas que Muotri estuda é canabidiol, derivado da maconha, é talvez o princípio ativo mais polêmico do momento – pelo menos nos Estados Unidos, onde se notou que metade das crianças com síndrome CDKL5 que tomaram essa droga tiveram drasticamente reduzida a frequência das crises epiléticas. A droga é ingerida por comprimidos ou na forma líquida. No Brasil ele é sumariamente proibido.
Segundo Muotri, outro ponto importante é lembrar aos pais que, apesar de eficaz na redução da frequência das convulsões, o CBD não é a cura para a síndrome CDKL5. Talvez a cura ainda esteja distante.