Campanha Salaria dos Bancários
Os movimentos de trabalhadores sempre lutaram pela efetivação de mais políticas públicas de segurança e prevenção da violência, pautadas por valores de democracia, justiça social e direitos humanos.
Fruto de uma sociedade ainda campeã de desigualdade apesar dos avanços ocorridos nos últimos anos, a violência atinge todos os setores e classes sociais em todo o Brasil.
O Sistema Financeiro, em especial, é alvo de vários ataques de todos os tipos que acabam deixando em uma situação de insegurança os funcionários e clientes.
Pessoas continuam sendo assassinadas em assaltos envolvendo bancos. Só no primeiro semestre de 2014 ocorreram 32 mortes, uma média de 5,33 vítimas fatais por mês. Em todo o ano passado ocorreram 65 mortes. O crime da "saidinha de banco" aumentou ainda mais a liderança entre os tipos de ocorrências, tendo provocado 20 mortes, o que representa 62,5% dos casos. O assalto a correspondentes bancários em segundo lugar, ao lado dos ataques a caixas eletrônicos, ambos com 4 mortes. Além disso existem vítimas fatais em assaltos a agências e transporte de valores. Das vítimas fatais do primeiro semestre, 22 eram clientes, mas policiais, vigilantes e funcionários fazem parte dessa macabra estatística.
Essas mortes revelam a escassez de investimentos dos bancos para melhorar a segurança dos estabelecimentos e garantir um atendimento seguro para os clientes e a população. Segundo dados do Dieese, os seis maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) apresentaram lucros de R$ 56,7 bilhões em 2013. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 3,4 bilhões, o que significa 6%, em média, na comparação com os lucros. A maior parte dessas despesas é com segurança da informação. Como se não bastasse, os bancos vivem descumprindo a lei federal nº 7.102/83, que tem mais de 30 anos e se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. No primeiro semestre deste