Caminhos Incertos
Nos últimos anos, o crescimento de jovens envolvidos na criminalidade nos faz rever o atual quadro de violência e impunidade no Brasil. Adolescentes, tragados pelo crime, têm se tornado os maiores vilões da paz pública, levantando assim, questões e tentativas de resolver um dos problemas que mais cresce no nosso país: a violência juvenil.
No dia 7 de fevereiro de 2007 o Brasil foi abalado pela morte brutal do menino João Hélio, de apenas 6 anos de idade, no Rio de Janeiro. O corpo da criança foi arrastado por criminosos de 17 a 23 anos, que fugiam no carro da mãe do menino, sendo que os malfeitores sabiam da presença da criança no lado de fora do veículo. Os jovens percorreram ainda 7 km, até abandonarem o carro e o corpo no bairro Cascadura, na cidade do Rio de Janeiro.
O crime amplamente divulgado pela mídia nos faz perceber o nível a que chegou a frieza e incredulidade no atual cenário brasileiro, tornando cada vez mais comuns assassinatos, sequestros e extorsões praticados por jovens. Pessoalmente, acho que a atual forma de lidar com menores infratores tem sido algo de grande relevância para o crescimento desenfreado de adolescentes envolvidos na criminalidade. No Brasil, menores de 18 anos são encaminhados para instituições de ressocialização, onde cumprem sócio educativas e alguns anos de reclusão.
De certa forma, medidas sociais são necessárias para resolver a criminalidade precoce, porém acho que o Brasil ainda possui uma enorme carência nesse sentido, e o modelo de reintegração ainda tem muito o que melhorar.
O aumento do limite de permanência, que não passa dos 18 anos do adolescente; a total reintegração social e principalmente, a inclusão parcial de jovens de 18 a 25 anos seriam, em minha opinião, pontos importantes para a recuperação juvenil da marginalidade. Porém, a maioridade penal não seria aumentanda, pelo contrário, muitos adolescentes de 13 e 14 anos já se conscientizam pelos