Camará
A ruptura da barragem de Camará representou uma catástrofe sem precedentes para o meio ambiente e a vida das comunidades abaixo da barragem e a margem do rio Mamanguape. Entre as cidades mais atingidas pelo rompimento da barragem encontram-se Alagoa Grande e Mulungu onde mais de três mil pessoas ficaram desabrigadas e centenas de casas foram destruídas. Devido às falhas de execução, fiscalização e controle de qualidade, a barragem não suportou a pressão feita pela água, rompendo e permitindo que milhões de metros cúbicos de água vazassem.
RESUMO
Diante de tamanha tragédia sócio-ambiental, pretende-se analisar os motivos que levaram a ruptura da barragem, apresentando também, o projeto do início ao fim desta grande obra e demonstrar alguns cálculos necessários para sua construção, além é claro, de mostrar as conseqüências antes e depois do desastre, tanto econômica, quanto ambiental, propondo uma comparação entre a velha e a nova barragem, deixando claro a principal diferença entre elas.
1. Processo da construção de barragens e desastres relacionados com o rompimento destas obras.
Para a construção de uma barragem, é necessário seguir alguns critérios fundamentais, a barragem deve ser desenvolvida em áreas com uma geologia adequada, evitando solos com materiais fluentes como, por exemplo, materiais orgânicos e a argila, evitando também materiais com pouca coesão para que as fundações e o escoramento das ombreiras sejam construídos corretamente e que não haja infiltração para o lençol freático.
Deve ser feita uma Análise Granulométrica para escolher um bom terreno que permitira a intercalação de elementos grossos e finos, e que tenha uma facilidade de coesão e impermeabilização.
A terra deve ser umedecida, de forma que depois de compactada o volume inicial da terra seja reduzido 30 por cento no aterro.
É preciso um aterro bem desenvolvido com declividades adequadas, tanto para jusante,