Calendário Maia
Estes calendários podem ser sincronizados e interligados, suas combinações dando origem a ciclos adicionais mais extensos. Os fundamentos dos calendários maias baseiam-se em um sistema que era de uso comum na região, datando pelo menos do século VI a.C.. Tem muitos aspectos em comum com calendários empregados por outras civilizações mesoamericanas anteriores, como os zapotecas e olmecas, e algumas civilizações suas contemporâneas ou posteriores, como o dos mixtecas e o dos astecas. Apesar de o calendário mesoamericano não ter sido criado pelos maias, as extensões e refinamentos por eles efetuados foram os mais sofisticados. Junto com os dos astecas, os calendários maias são os melhores documentados e compreendidos.
Pela tradição da mitologia maia, como está documentado nos registros colonais iucatecas e reconstruído de inscrições do Clássico Tardio e Pós-clássico, a deidade Itzamna é frequentemente creditada como tendo levado o conhecimento do sistema de calendários aos maias ancestrais, junto com a escrita em geral e outros aspectos fundacionais da cultura maia. O mais importante destes calendários é aquele com período de 260 dias. Este calendário de 260 dias era prevalente em todas as sociedades mesoamericanas, e é de grande antiguidade (quase certamente o mais velho dos calendários). Ainda está em uso em algumas regiões de Oaxaca, e pelas comunidades maias dos planaltos da Guatemala. A versão maia é conhecida pelos estudiosos como tzolkin, ou Tzolk'in na ortografia revisada da Academia de Lenguas Mayas de Guatemala.2 O tzolkin é combinado com outro calendário de 365 dias (conhecido como haab, ou haab'), para formar um ciclo sincronizado durando 52 haabs, chamado de roda calendárica. Ciclos menores de 13 dias (a trezena) e