A definição do termo "imagem" é bastante abstrata, pois não existe uma conceituação correta e por ter definições variáveis de um autor para outro. Segundo Domènech (2011), a existência de imagens não tem nada de natural e nem possuem algum tipo de vínculo básico com a realidade, e que “o mundo e a humanidade poderiam existir sem imagens, mas seriam um mundo e uma humanidade essencialmente distintos. "(DOMENECH, 2011, p.11). Por definição de Joly (1996), a imagem nem sempre remete ao visível, toma traços emprestados do visual e depende da produção de um sujeito que a produz ou a reconhece. Já Neiva Jr. (1994) define a imagem como uma síntese que oferece trações, cores e outros elementos visuais em simultaneidade ”(NEIVA JR, 1994, p.5). Para falar sobre imagens, evidentemente, é necessário citar o filósofo grego Platão. Uma das concepções platônicas é citada no primeiro capítulo do livro "Introdução à análise da Imagem". Joly descreve a definição de imagem por Platão: "Chamo de imagens em primeiro lugar as sombras. depois os reflexos que vemos nas águas ou na superfície de corpos opacos, polidos e brilhantes e todas as representações do gênero" (PLATÃO, apud JOLY, 1996, p. 14)". O mito da caverna de Platão diz que vemos a realidade através de sombras, que seriam compreendidas por nós como a realidade em si. No documentário Janelas da Alma (2001), o escritor português José Saramago afirma que vivemos na era do audiovisual, por isso vemos a realidade através de imagens bombardeadas pela televisão, revistas e jornais e que isto contribui para que vejamos a realidade como prisioneiros do mito da caverna de Platão. O filósofo grego considerava a imagem como uma imitação, enganadora e que ela nos desviava da verdade e seduzia as partes mais fracas da nossa alma. A única imagem válida seria a "natural" (reflexo e sombra), que é a única passível de se tornar ferramenta filosófica. (JOLY, 1996, p. 19). Neiva Jr. também cita Platão onde diz que “a imagem é um