Caipira
Não há quem não se encante com a comida típica caipira, tanto a recepção de mineiros quanto à dos paulistas são mais acalorados no interior, pratos e segredos com um dedo de prosa que se torna uma ladainha sem fim. Momentos alegres, reuniões, festas religiosas e folclore, entre um cafezinho e uma broa de fubá.
As diversas culinárias se misturam com simplicidade e riqueza de sabores, a cozinha caipira tem influência dos portugueses, índios e negros, e atualmente famílias, amigos e conhecidos são todos bem acolhidos em volta de uma mesa, reforçando tradições e costumes passados, mas por que as pessoas, principalmente nas grandes metrópoles, estão deixando de lado suas raízes e se alimentando pior a cada dia?
Portanto, pode-se afirmar que a culinária paulista é resultado do processo de colonização realizado pelos bandeirantes, no tocante a necessidade de conservação e preparo dos alimentos mediante as longas jornadas desempenhadas.
Assim, carregavam carne de sol, carne-seca, farinha de milho e de mandioca, surgindo os pratos de maior identidade com o Estado como: o virado à paulista, o feijão-tropeiro e a paçoca de carne-seca.
Podemos dizer que a capital paulista é o grande marco da culinária brasileira, foi aqui que todo o reconhecimento da cozinha nacional começou.
Segundo Cândido (1979, p. 50-6), pode-se dizer que a dieta do bandeirante passou a ser a do lavrador e a da maioria dos paulistas. O feijão, o milho e a mandioca, plantas indígenas, constituíam o triângulo básico da alimentação, substituição da última pelo arroz. Em torno deles, de modo não freqüentes, eram incorporados: abóbora, batata-doce, cará e alguns legumes (couve, chicória e serralha). O toicinho imperou de modo absoluto até meados do século XX. O sal, que era escasso, foi um dos fatores responsáveis da sociabilidade intergrupal – o caipira ia ao povoado mais próximo ou para a vila para buscar sal. Com a colonização do Brasil o Estado de São