Caio Prado Junior
No capítulo do livro que se refere à organização social, o autor destaca que a escravidão era o que mais caracterizava a sociedade brasileira do século XIX e que era fruto dos grandes descobrimentos ultramarinos do século XV. Procura salientar como as principais características da escravidão assumida nas colônias americanas, que, de acordo com sua visão, são mais singulares que as da escravidão, de maneira geral.
Afirma que, na América, por exemplo, o caráter da escravidão foi pior que na escravidão romana, porque na colonização das Américas, foi considerado apenas o esforço físico do homem escravo, ou da mulher escrava; e desta, além do mais, seu uso sexual.
Destaca também que em Roma o escravo não era uma simples máquina de trabalho bruto e inconsciente, mas também contribuía ativamente na cultura dessa civilização. Ou seja, essa escravidão nada tem de parecido com a escravidão do mundo antigo, não apresenta nenhum aspecto construtivo, mas sim é um meio que os países europeus encontraram para explorar os novos territórios descobertos.
Em certas partes do texto o autor aponta os negros e índios como um dos motivadores do comprometimento da economia, pois é a partir desta mão-de-obra escrava e dos senhores de escravos surge uma massa de desvalidos que não passam de ônus para a sociedade.
Outro ponto tratado pelo autor é o fato de que a escravidão e as relações advindas dela constituíam setores organizados da sociedade, enquanto que o restante da sociedade que ficava à margem destas relações mantinham grande desorganização e falta de unidade.
Outra análise do autor é quanto o surgimento de uma sociedade sem