Café e seus legados
O café se configurou no vale do Paraíba como a principal base econômica do país, atribuindo ao estado de São Paulo a condição de principal produtor no período estudado (1836-1935) e assegurando com sua produção e venda a formação da renda dentro do Brasil e a inserção do país no mercado externo como o maior produtor e exportador. Em face desse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar a produção cafeeira no estado (dividido em sete regiões produtoras), especificamente a região Central, atribuindo as causas do florescimento dessa importante atividade no período e de sua decadência no século XX, bem como aferir ao café seu legado. A metodologia adotada foi a pesquisa bibliográfica, como a consulta a sites na internet e tabulamentos de dados. No Vale do Paraíba Paulista (Região Norte), a produção cafeeira encontrou principal impulso em meados do século XIX, frente a sua privilegiada localização, entre importantes cidades brasileiras: Rio de Janeiro e São Paulo. Com sua decadência, cada vez contribuindo menos com a produção total do estado, a região Central tomou fôlego para aumentar sua contribuição, sendo em 1886, a principal produtora. Suas terras eram mais planas e propícias para a colheita do café, permanecendo com uma produção significativa, mesmo sendo ultrapassada pelas regiões Mogiana, Paulista, Alta Sorocabana, Noroeste e Araraquarense. Em 1836 a produção de café na Região Central representava 11,93% da produção total, no Estado de São Paulo, com um total de 70.378 arrobas e no final do período exposto (1935), a região produziu 3.716.021de arrobas de café, 7,09% da produção total. Itu foi a grande produtora e Parnaíba, cuja produção em 1836 tinha sido a mais alta, obteve a menor parcela da produção na região. Com a produção sendo otimizada, a receita também obteve gradual aumento. Entre 1854 e 1935, o faturamento se elevou em aproximadamente 560% e no último ano, a maior produtora foi a cidade de Itu. E como pode-se observar,