Modernização segundo Amado Cervo
Política Externa Brasileira – 6º período
Acadêmicas: Gabriela Agazzi Treméa e Gabriela Cordeiro Garcia
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
O ciclo modernizante em 1844 á 1891 na visão de Amado Cervo e Sérgio Buarque de Holanda.
Sérgio Buarque de Holanda nos deixa em nível cultural e literário forte acervo acerca de sua sensibilidade cultural ao Brasil Colonial. Na obra Raízes do Brasil, o autor analisa as origens da sociedade brasileira e o legado desta origem perante a modernização. Ainda segundo o autor, o legado colonizador impôs ao Brasil uma tradição ibérica incompatível com o ideal desenvolvimentista, fato que dificultou a modernização brasileira. Ainda que apresentados aspectos históricos colonizadores que dificultaram a modernização brasileira, Sérgio Buarque apresenta aspectos que contribuíram para o desenvolvimento desta:
A tradição da cordialidade enquanto mediadora do indivíduo e seus hábitos com as normas da sociedade fortalece a tradição ética inserida na política e em diversas esferas do convívio social. É também em Raízes do Brasil que o autor cita a diminuição da importância da lavoura de açúcar enquanto a lavoura de café ascendia.
No capítulo 7 da obra, “Nossa Revolução”, aplica o contexto de modernização brasileira a autonomia das cidades em relação ao mundo rural: a lavoura deixa de ser o exclusivamente o universo da família e do senhor e passa a ser local propriamente de ganhos, fonte de riqueza. O café permitiu o desenvolvimento das cidades e de certa forma se responsabilizou para que o país deixasse aspectos de sua história colonial para começar a escrever sua própria história.
Foi a presença holandesa na economia açucareira e o aumento da procura de café no mercado dos EUA e Europa que contribuiu para que no século XlX o Brasil passasse por esta transformação social e investisse fortemente na indústria cafeeira possibilitando inclusive a exportação