A CRISE DOS ANOS 60 E AS REFORMAS INSTITUCIONAIS NO PAEG – 1962/67
1679 palavras
7 páginas
A CRISE DOS ANOS 60 E AS REFORMAS INSTITUCIONAIS NO PAEG – 1962/67Entrando a década de 60 e terminando o governo de JK, as metas tinham sido cumpridas: havia uma maior diversificação e integração na estrutura industrial do País; o Estado passou a ter uma importância muito maior na economia e o país aumentou seu nível de internacionalização (o capital estrangeiro passou a ser uma das bases do sistema econômico nacional).
Entretanto, o Plano criou e aumentou desequilíbrios econômicos já existentes e estes começaram a surgir: o aumento ano a ano da inflação demonstrava um perfil independente; a dívida pública começava a aumentar e os investimentos a cair, reduzindo assim no crescimento do PIB. De acordo com Oliveira (1989), o governo de JK havia dado início a uma grande crise na economia do país, que seria vivida nos anos seguintes. Os anos seguintes foram bem conturbados para a política brasileira. Com um quadro de instabilidade instaurado, devido à aproximação de partidos rivais, para a formação de uma coligação para a presidência e vice-presidência (Jânio Quadro e João Goulart, respectivamente), onde o primeiro governou por um período curto e seu vice foi impossibilitado de assumir o cargo de chefe Estado1, até que por acordo político foi instaurado no Brasil o regime parlamentarista.
Mesmo com a instabilidade política e a troca constante de responsáveis pela elaboração da política externa brasileira, esse período não atingiu de forma direta a Política Externa Independente (PEI: 1961 – 1964), já que segundo Cervo e Bueno (Amado Luiz Cervo, Clodoaldo Bueno; História da política exterior do Brasil, 2002; UNB), esta foi um processo e não um projeto concebido em detalhes, que pode ser seus fundamentos sintetizados em:
(1) “Mundialização das relações internacionais do Brasil, isto é, não circunscrevê-las às Américas e à Europa Ocidental;”
(2) “Atuação isenta de compromissos ideológicos, não obstante a afirmação de que o Brasil faz parte do Ocidente;”
(3)