Café no Brasil
Mas os agricultores brasileiros, ocupados em cultivar a cana-de-açúcar, ainda o produto agrícola de maior renda na economia do Brasil, estavam pouco ou nada interessados em plantar uma nova cultura. Assim sendo, no início de sua introdução o café obteve pouco apelo entre os brasileiros, pois a maioria dos senhores de engenho estavam ocupados em produzir uma cultura comercial, a cana-de-açúcar. Mas não é difícil de compreender porque a cultura do café substituiu a cultura da cana-de-açúcar nas grandes propriedades no Brasil. Em primeiro lugar, a demanda mundial de café era muito maior do que a do açúcar e só aumentava. Segundo, o café exigia menos mão-de-obra, pois a cana tinha que ser replantada (lembrando-se que não existia qualquer maquinário agrícola senão a enxada, a foice e a pá nas lavouras do Brasil exceto raras exceções ), e o café poderia durar entre 30 a 40 anos em produção.
Mesmo com a crise da indústria açucareira, a lavoura do café encontrou resistência a sua implantação na economia brasileira até a década de 1820, substituindo a partir daí a hegemonia da atividade econômica da cana na economia nacional. Depois de 1820 o café vai ocupando o lugar da cana-de-açúcar e de outras formas de cultivos no Rio de Janeiro e em São Paulo, servindo-se da base da estrutura agrícola deixada por estas e outras culturas. Neste sentido, a cultura do café de 1820 a 1870, atinge o