Cabo Frio naufragios
Elisio Gomes Filho Antes de escrever esse livro, o autor fez muitas pesquisas, conversou com muitas pessoas e pescadores da área.
“Certo mergulhador teve ousadia de dizer que havia achado o Wakama (naufrágio situado entre Búzios e Rio das Ostras)” disse o autor. O que vem excluir a proeza do pescador buziano , o qual, tinha encontrado através do velho processo de sucessivas e cansativas sondagens, utilizando de uma sonda de mão. E com um “dom” visual que tem os pescadores, Pierre marcou a posição do casco do famoso vapor alemão utilizando-se dos pontos geográficos situados no horizonte longínquo e assim o fez muito anos antes da antiga Submar ter ali realizado os primeiros mergulhos no final da década de 70 do século passado.
O Rio Anil, o qual já estava mais do que identificado e localizado pelos pescadores cabo-frienses, desde quando ele naufragou em 1952. O Rio Anil veio a ser alvo de histórias daqueles que já se acostumaram a se apropriar das proezas dos pescadores. O que quero dizer é que certo mergulhador, disse que sozinho, a favor de si mesmo, sobre a identificação de um naufrágio que não era de sua autoria.
Ele constantemente procura homenagear devidamente os trabalhadores do mar, ao mencionar na contra-capa, que são eles, os pescadores, que sabem aonde exatamente encontram-se os naufrágios e geralmente até guardam os nomes dos navios submersos, pois são neles que eles perdem seus preciosos instrumentos destinados a ganhar a vida com sacrifício, tais como as suas redes. A tradição é tão marcante e presente entre os pescadores, que o pesqueiro que se formou em torno do local do naufrágio do Sacramento, embarcação perdida em 1668. A história daquele navio do período colonial se fez presente na memória dos trabalhadores do mar, de geração em geração. O arqueólogo Ulisses Pernambucano de Mello Neto, assim escreveu sobre a tradição do naufrágio do famoso galeão português: “A permanência por mais de 300 anos